terça-feira, 8 de maio de 2012

Fevereiro e Março de 2012 - Pactos e Reconfigurações...

07/02/2012
A discussão sobre o Pacto pela Saúde contou com o apoio do Carlos Casarin contando o histórico da contratualização de Estados e Municípios através dos Pactos. Destaco os slides que mas chamaram minha atenção:

O caminho percorrido, desde o princípio da Universalidade até a necessidade de pactuação de ações para que fosse possível estruturá-lo de forma mais clara na prática da estruturação do SUS nos diversos lugares e a função de cada nível de gestão. 

A divisão do Pacto em três frentes, reafirmando a necessidade de ações específicas para fortalecimento do SUS conforme cada dimensão. 




Os municípios via NOB eram classificados pelo tipo de descentralização que se enquadravam.
Os Pactos entram como a forma pela qual os municípios, estados e federal foram sendo mais responsabilizados por suas ações, conforme o seu nível de responsabilidade. Pressupondo maior articulação entre os níveis de gestão.


Reflexões: O Pacto pela Saúde em muito lembra o processo que temos vivido de contratualização do PMAQ e das Cartas Compromisso (aqui no município). Trabalhar com indicadores, Metas e Planejamento Participativo foi a aposta do Ministério da Saúde na época (2006) e ainda o é. Acredito que houve grande relevância nessa forma de fazer na gestão do SUS, pois está sendo retomada após um grande processo de fortalecimento da atenção básica no país.
Enquanto apoiadora dos serviços de saúde, tenho vivenciado a todo momento os impactos que essa forma de planejar traz na rotina dos serviços.
Em um primeiro momento os trabalhadores se apresentam bastante resistentes, porém com o desenrolar planejado de ações, e durante a visualização dos dados que produzem todos os dias através do cálculo dos indicadores, as resistências vão sendo transformadas em co-responsabilização. Não é a toa que se pactua ações para um "desafio" (de DISFIDARE, originalmente “renunciar à própria fé”, formado por DES-, negativo, mais FIDARE, “confiar, acreditar”, de FEDES, “fé”.), uma forma diferente, uma alternativa à situações problemas da realidade nos serviços.
Visualizar-se e estar inserido verdadeiramente no planejamento das ações em saúde, transpõe o trabalhador da posição de "reclamador", para a posição de "detentor da capacidade de se alterar em seu próprio caminho" e consequentemente, exigindo que tanto o sistema, quanto os próprios usuários também se modifiquem nesse processo. 
Para o sistema, seus trabalhadores estarem mais próximos de modificar ações tradicionais e não necessariamente resolutivas, refletirá em maior efetividade dos serviços... porém exigirá mais qualidade na infra-estrutura e financiamento do sistema.
Para os usuários, acessar um serviço mais estruturado, onde os trabalhadores falem a "mesma língua" refletirá em um número menor de idas e vindas dentro do sistema... além de também ser estimulado que o usuário seja mais autônomo com relação ao seu próprio processo de saúde-doença, que planeje suas ações, possibilitando a redução dos riscos e agravos em saúde.

14/02/2012
Encontro da Especialização: Carta Compromisso das UBS - Por onde continuar...
Presentes: Sandra, Carlão, Andréia, Lara, Rose, Camila, Leila, Valéria, Jonathan, Lúcia, Tarcísio, Eduardo, Mariana, Michele.






A lógica da contratualização está seguindo os diversos níveis de gestão: a equipe de ESF, toda a UBS, a secretaria municipal de saúde, contratualizando seja com a própria secretaria de saúde, seja com o Ministério da Saúde.
Nesse encontro, retomamos as etapas que ainda faltavam para a confecção das Cartas compromissos, os prazos, e a vinculação com o PMAQ:
UBS PARQUE SÃO BERNARDO
· ACOLHIMENTO:
o   Ações:
- Melhorar os espaços de conversa entre enfermagem:
    -- Agenda semanal de conversa entre enfermagem;
    -- Discussão de caso;
    -- Estudo dos protocolos do município e ministério de saúde.
- Montar grupo de trabalho multiprofissional na UBS para organizar, acompanhar e propor mudanças no acolhimento;
- Pensar momentos periódicos (a cada 2 meses??) em conjunto com UBS de Santo André, para melhorar a articulação entre os serviços.

UBS VILA SÃO PEDRO:
· No desafio de REALIZAR DIAGNÓSTICO DA ÁREA: vincular Territorialização; Mapa (propor o trabalho com o mapa inteligente); Indicadores – acompanhamento mensal e discussão nas equipes.
TODOS:
· APRESENTAR e Discutir com o Conselho Gestor.
· É necessário definir as METAS para cada indicador, deverá ser definido pela UBS. Porém o departamento irá calcular os indicadores e a média do município deverá ser a média municipal de cada indicador.
· PRAZOS PARA A ENTREGA E ASSINATURA: 15 DE MARÇO DE 2012.

NÚCLEO DE TERRITÓRIO:
· Potencializar o espaço de discussão a partir das discussões de caso. Os trabalhadores na troca de informações, que “mexam” com a rede de serviços.
· Casos de pacientes que estão sempre nos serviços.
· Visitas/vivências dos profissionais nos outros serviços (recepcionistas, médicos, enfermagem, ACS, etc..).
· Nesses encontros pode ser gerada demanda de atuação junto aos conselhos gestores das unidades de saúde, porém, como haverá discussão de casos, não haverá a participação direta da população nesses espaços.
· O núcleo deverá pautar suas ações de forma que as discussões possam ser capilarizadas para os outros profissionais da UBS.

06/03/2012
Retomada de Planejamento dos PROJETOS APLICATIVOS:

UBS VILA SÃO PEDRO
- Retomar com Sandra quem eram as pessoas que estavam no sub-grupo que discutiu a proposta de reorganização dos grupos da UBS: 02 de dezembro 2011.
- Retomar com esses profissionais da equipe que discutiu quais eram os principais problemas com a relação a estruturação dos grupos da UBS; avaliar quais ações foram implementadas e quais ainda falta rever:
  1. Os problemas iniciais foram solucionados?
  2. O que melhorou?
  3. Quais foram os impactos na organização dos fluxos e encaminhamento dos pacientes para o grupo?
RESPONSÁVEIS PELA ATIVIDADE NA VILA SÃO PEDRO: Andréia, Sandra, Jonathan, Michele, Mariana, Carlão e Camila.
UBS FARINA:
- continuando o planejamento inicial EM REUNIÃO GERAL no dia 20/03 as 9h.
- Conceição: resgatar o histórico dos outros encontros e o PMAQ.
- Dividir os profissionais nas três equipes e realizar discussão sobre estrutura de saúde da família e atribuição de cada profissional dentro equipe.

METODOLOGIA:
· Cada equipe escreve em 1 cartolina qual é a função de cada profissional na equipe;
· Quais as principais ações a serem desenvolvidas pela equipe dentro e fora da unidade, e quais os profissionais responsáveis por essas ações;
Para finalizar: Vídeo sobre ESF
Aplicar avaliação do encontro.
RESPONSÁVEIS PELA ATIVIDADE NO FARINA: Rose, Eduardo, Camila, Jonathan, Michele, Conceição
Reflexões: A continuidade do Projeto Aplicativo na UBS Vila São Pedro não aconteceu. Acredito que há necessidade de focarmos esforços nas ações previstas no PMAQ e Cartas compromissos, insistir em continuar com o projeto na vila é aumentar o desgaste... há um material rico produzido nas discussões que de uma certa forma já gerou alterações na forma como as equipes estão lidando com as ações coletivas na UBS, além do que ações planejadas via PMAQ também resultaram nisso... Foi uma onda que surgiu como necessidade e está sendo completada por outras maiores, e continua lá.
Já na UBS Farina, a atividade foi bastante interessante. O projeto aplicativo na minha opinião será uma base bastante importante para quando houver a transição para ESF. Foi esse projeto que ajudou a diminuir o clima tenso na UBS com relação à esse processo de transição.

Os caminhos sempre estarão iluminados! Basta olhar além de véus, misticismos, orgulhos, resistências... tudo sempre acontece para que as situações vividas melhorem, mesmo que não se queira aceitar isso, já o é por si... para além de nossas relatividades, para além do ego.


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