sexta-feira, 11 de maio de 2012

Maio 2012 - Conclusão de um ciclo...


Répteis - 1943 Litografia de M.C. Escher
1. PRINCIPAIS REFLEXÕES AO LONGO DO CURSO:
Considero ter tido dois processos de aprendizado e significação principais:
- Entender realmente e vivenciar a potência da Educação Permanente: Estar em um processo de Educação Permanente, compartilhando idéias, emoções e vivências com pessoas com as quais me vinculava no início do trabalho como apoiadora foi extremamente importante.
Foi através do curso que laços de confiança foram sendo estabelecidos entre nós. Laços de extremo significado, dentro da rotina inúmeras vezes irracional nos serviços, que me ajudam a apoiar de forma mais verdadeira e sincera a construção local do SUS.
Ter durante a semana o tempo para estudos foi essencial para gerar reflexões mais coerentes sobre os processos vividos em uma rede de serviços ainda em construção.
- Compreender os diversos níveis de gestão: Havia em meus pensamentos e idéias uma forma certamente distorcida do que significa esse termo "GESTÃO". Através do curso, houve uma clarificação das nuvens que escondiam o amplo significado que ele representa hoje para mim.
Entendo que esse termo está bastante ligado à diretriz operacional da descentralização, em todos os níveis que possam ser descentralizados, pois ao distribuir a centralidade ao todo... todos são extremamente importantes na gestão do sistema (cada um gerindo uma determinada parte desse todo). 
É importante salientar que há unicidade dentro disso pois trabalhadores se estruturam nos serviços, os serviços fazem parte de uma rede de serviços locais, a rede de serviços locais faz parte de redes regionais e assim sucessivamente... estão todos ligados e para cada nível há processos de gestão muito parecidos com os da gestão do cuidado por exemplo, somente sendo diferenciados pelo nível onde se encontram. Exemplo: acolher o paciente na UBS com uma escuta qualificada às suas demandas assegura processos mais assertivos de intervenção e vínculo; da mesma forma, escutar qualificadamente os trabalhadores com relação às suas demandas assegura melhor intervenção e co-responsabilização na resolução do problema; em um nível um pouco mais amplo, ter ouvidos mais aberto às dificuldades dos serviços em executarem as demandas solicitadas pela Secretaria de Saúde, possibilita que dados e informações mais fidedignas da realidade possam ser utilizadas no plano de saúde municipal; subindo mais um nível, ser acolhida a singularidade de cada município pelo Ministério da Saúde traz condições de investimentos mais eficientemente aproveitados no desenvolvimento regional e territorial do SUS em nosso país.

2. A ESTRUTURA PEDAGÓGICA DO CURSO:
Como processo de formação mais participativo acredito muito na metodologia de facilitação e orientação, contudo a força metodológica do curso foi se perdendo ao longo do processo.
A diminuição da força que digo, refletiu-se no empobrecimento das atividades disparadoras nos encontros mensais e da não utilização desses espaços para que os especializandos tivessem contato com os momentos tradicionais de formação (mesa de debate, palestras, etc.) sendo complementados pelos ricos momentos da discussão em grupo (fortalecendo a importância de conversas após momentos mais expositivos). 
Houveram momentos em que nosso grupo ficou sem orientador de aprendizagem, o que trouxe certo prejuízo de condução de nossas discussões nos temas previstos no cronograma do curso e na elaboração de questões de aprendizagem para os encontros semanais.
Com relação ao Projeto Aplicativo foi de grande significado pois nosso grupo vinculou muito bem o processo de gestão através do planejamento participativo, trazendo muito de nossas discussões teóricas para a prática na estruturação do projeto. A ressalva que faço representa esse momento "final" que vivenciamos nesses últimos meses, que seria as etapas de avaliação e monitoramento quando se discute o planejamento. Essas são etapas normalmente esquecidas e que nosso grupo também não se responsabilizou por completo... Em muitos momentos apenas alguns de nós se responsabilizaram por isso. Entendo dessa forma, que há uma lacuna pendente no processo de aprendizagem com relação a essas duas questões: MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO e REPLANEJAMENTO de ações.  


3. A ESTRUTURA DO CADERNO DE REFLEXÃO AO LONGO DO CURSO E FAZÊ-LO AO FINAL:
Para esse tópico retomo duas vivências passadas nas quais pude ter contato com a construção de um Caderno de Reflexão. 
A primeira foi durante o VER-SUS em 2004, nessa vivência de 15 dias tínhamos cerca de 2h por dia para registrar as percepções e reflexões em nossos cadernos (eram três folhas, cada uma de uma cor, em cada cor deveria ser registrada uma informação direcionada - narrativa descritiva das atividades vivenciadas; narrativa reflexiva das atividades vivenciadas; o terceiro... não lembro) e o orientador iria lia todas as narrativas diariamente. As reflexões eram acompanhadas bem de perto, porém eu tinha bastante dificuldade de cumprir o exigido...
A segunda foi durante a Residência Multiprofissional, no período de 2 anos de formação deveríamos registrar todas as reflexões, textos e vivências no caderno ao longo do tempo. Esse processo também era acompanhado pelo preceptor de área. A dificuldade aqui encontrada em fazê-lo era, a de ter os momentos diários de registro das reflexões, pois apesar da carga horária de 60h semanais, haviam poucos momentos para isso.
Com a experiência acumulada, desde o início desse curso atentei-me para a importância de registrar reflexões ao longo dos encontros e das vivências. Porém a construção mais estruturada das reflexões nesse Caderno aconteceu agora ao final, com os prazos mais apertados... Compreendi também que o esforço para fazê-lo, bem como o significado dele no meu processo de formação também tem evoluído. 
Retomar vivências, discussões e refletir sobre o impacto de situações passadas, no futuro de hoje, trouxe muita alegria pra esse meu coração/mente... alegria por compreender que as coisas sendo feitas no momento certo irão gerar frutos mais duradouros, basta plantar e cultivar com discernimento.

4. IMPACTOS NA ESTRUTURA DO TRABALHO:
Dos módulos previstos na estrutura do curso, os da Produção Social da Saúde e Produção do Cuidado ainda são pouco refletidos na estrutura do trabalho como apoiadora em saúde, tenho atualmente utilizado os conhecimentos adquiridos mais profundamente nos outros três módulos: Gestão, Planejamento, Avaliação e Educação Permanente em Saúde; Vigilância e Proteção à Saúde; Desafios da Construção do SUS.
É importante analisar isso neste momento, pois diretamente não atuo aplicando os conhecimentos profissionais, justamente nos módulos que estão mais próximos do fazer cotidiano dos serviços e no contato direto com os usuários do SUS. Não considero isso como ruim, porém é uma atuação parcial. Mas, acredito que o caminho é buscarmos, e digo no coletivo pois constituímos um grupo de apoio da rede de serviços (mesmo que um grupo meio fragmentado...), essa atuação de forma mais efetiva. Como, ao pensarmos em uma balança equilibrada, que ela não pendesse para um lado e nem para o outro... que as ações pudessem estar coordenadas pelo equilíbrio necessário para uma atuação efetiva e duradoura.   

5. O CURSO COMO PROCESSO DE FORMAÇÃO E ESTUDOS, ESPAÇO ESSENCIAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE:
Com o término das atividades previstas pelo curso de especialização em Gestão de Serviços de Saúde, há uma lacuna que fica aberta: estar em coletivo, discutindo a rotina de trabalho e tendo bases teóricas de suporte para apoiar e construir novos caminhos aos tradicionais problemas da saúde pública. Tais espaços são essenciais, quando sabemos que ainda há muitos caminhos a serem construídos. 
Mais especificamente, não temos conseguido estruturar os espaços de educação permanente do apoio nesse sentido, e dessa forma, há necessidade de caminharmos para uma qualificação desse espaço, pois é o que temos já garantido como espaço de formação e qualificação profissional após o término do curso.
Para isso acredito ser necessário que ao compormos tao espaço, estejamos ali com o coração pulsante de boas energias e a mente envolvida em pensamentos construtivos e produtores de um coletivo coerente em suas ações e planejamentos. É preciso aceitação em um primeiro momento. Aceitar-nos uns aos outros em nossas fragilidades e potencialidades. Sabe, aquilo de poder olhar no fundo dos olhos uns dos outros e ver o quão belo e potente cada um é...


AGRADECIMENTOS:
Agradeço a essa força interna que chamamos de deus pelo discernimento, compreensão, paz e amor que vem sendo desabrochado e lapidado ao longo do tempo.
Agradeço também à todos que estiveram envolvidos direta e indiretamente na estruturação desse curso.
Agradecimentos fraternos à Andreia, Lara, Carlão, Vera Michelon, Conceição, Sandra, Marisa, Eduardo, Rose, Ana, Adão, Geraldo, Vera Marina, Marcelle, Suze, Casarin. 
E em especial aos eternos amigos, companheiros de luta, alegrias, lágrimas, risos, sorrisos, construções e desconstruções, Camila, Jonathan e Michele. Como seriam os dias se não estivéssemos juntos, vivendo tudo isso com tanto amor e compreensão? Nada se faz por acaso, e dou graças por poder compartilhar todos esses momentos com vocês!







terça-feira, 8 de maio de 2012

Fevereiro e Março de 2012 - Pactos e Reconfigurações...

07/02/2012
A discussão sobre o Pacto pela Saúde contou com o apoio do Carlos Casarin contando o histórico da contratualização de Estados e Municípios através dos Pactos. Destaco os slides que mas chamaram minha atenção:

O caminho percorrido, desde o princípio da Universalidade até a necessidade de pactuação de ações para que fosse possível estruturá-lo de forma mais clara na prática da estruturação do SUS nos diversos lugares e a função de cada nível de gestão. 

A divisão do Pacto em três frentes, reafirmando a necessidade de ações específicas para fortalecimento do SUS conforme cada dimensão. 




Os municípios via NOB eram classificados pelo tipo de descentralização que se enquadravam.
Os Pactos entram como a forma pela qual os municípios, estados e federal foram sendo mais responsabilizados por suas ações, conforme o seu nível de responsabilidade. Pressupondo maior articulação entre os níveis de gestão.


Reflexões: O Pacto pela Saúde em muito lembra o processo que temos vivido de contratualização do PMAQ e das Cartas Compromisso (aqui no município). Trabalhar com indicadores, Metas e Planejamento Participativo foi a aposta do Ministério da Saúde na época (2006) e ainda o é. Acredito que houve grande relevância nessa forma de fazer na gestão do SUS, pois está sendo retomada após um grande processo de fortalecimento da atenção básica no país.
Enquanto apoiadora dos serviços de saúde, tenho vivenciado a todo momento os impactos que essa forma de planejar traz na rotina dos serviços.
Em um primeiro momento os trabalhadores se apresentam bastante resistentes, porém com o desenrolar planejado de ações, e durante a visualização dos dados que produzem todos os dias através do cálculo dos indicadores, as resistências vão sendo transformadas em co-responsabilização. Não é a toa que se pactua ações para um "desafio" (de DISFIDARE, originalmente “renunciar à própria fé”, formado por DES-, negativo, mais FIDARE, “confiar, acreditar”, de FEDES, “fé”.), uma forma diferente, uma alternativa à situações problemas da realidade nos serviços.
Visualizar-se e estar inserido verdadeiramente no planejamento das ações em saúde, transpõe o trabalhador da posição de "reclamador", para a posição de "detentor da capacidade de se alterar em seu próprio caminho" e consequentemente, exigindo que tanto o sistema, quanto os próprios usuários também se modifiquem nesse processo. 
Para o sistema, seus trabalhadores estarem mais próximos de modificar ações tradicionais e não necessariamente resolutivas, refletirá em maior efetividade dos serviços... porém exigirá mais qualidade na infra-estrutura e financiamento do sistema.
Para os usuários, acessar um serviço mais estruturado, onde os trabalhadores falem a "mesma língua" refletirá em um número menor de idas e vindas dentro do sistema... além de também ser estimulado que o usuário seja mais autônomo com relação ao seu próprio processo de saúde-doença, que planeje suas ações, possibilitando a redução dos riscos e agravos em saúde.

14/02/2012
Encontro da Especialização: Carta Compromisso das UBS - Por onde continuar...
Presentes: Sandra, Carlão, Andréia, Lara, Rose, Camila, Leila, Valéria, Jonathan, Lúcia, Tarcísio, Eduardo, Mariana, Michele.






A lógica da contratualização está seguindo os diversos níveis de gestão: a equipe de ESF, toda a UBS, a secretaria municipal de saúde, contratualizando seja com a própria secretaria de saúde, seja com o Ministério da Saúde.
Nesse encontro, retomamos as etapas que ainda faltavam para a confecção das Cartas compromissos, os prazos, e a vinculação com o PMAQ:
UBS PARQUE SÃO BERNARDO
· ACOLHIMENTO:
o   Ações:
- Melhorar os espaços de conversa entre enfermagem:
    -- Agenda semanal de conversa entre enfermagem;
    -- Discussão de caso;
    -- Estudo dos protocolos do município e ministério de saúde.
- Montar grupo de trabalho multiprofissional na UBS para organizar, acompanhar e propor mudanças no acolhimento;
- Pensar momentos periódicos (a cada 2 meses??) em conjunto com UBS de Santo André, para melhorar a articulação entre os serviços.

UBS VILA SÃO PEDRO:
· No desafio de REALIZAR DIAGNÓSTICO DA ÁREA: vincular Territorialização; Mapa (propor o trabalho com o mapa inteligente); Indicadores – acompanhamento mensal e discussão nas equipes.
TODOS:
· APRESENTAR e Discutir com o Conselho Gestor.
· É necessário definir as METAS para cada indicador, deverá ser definido pela UBS. Porém o departamento irá calcular os indicadores e a média do município deverá ser a média municipal de cada indicador.
· PRAZOS PARA A ENTREGA E ASSINATURA: 15 DE MARÇO DE 2012.

NÚCLEO DE TERRITÓRIO:
· Potencializar o espaço de discussão a partir das discussões de caso. Os trabalhadores na troca de informações, que “mexam” com a rede de serviços.
· Casos de pacientes que estão sempre nos serviços.
· Visitas/vivências dos profissionais nos outros serviços (recepcionistas, médicos, enfermagem, ACS, etc..).
· Nesses encontros pode ser gerada demanda de atuação junto aos conselhos gestores das unidades de saúde, porém, como haverá discussão de casos, não haverá a participação direta da população nesses espaços.
· O núcleo deverá pautar suas ações de forma que as discussões possam ser capilarizadas para os outros profissionais da UBS.

06/03/2012
Retomada de Planejamento dos PROJETOS APLICATIVOS:

UBS VILA SÃO PEDRO
- Retomar com Sandra quem eram as pessoas que estavam no sub-grupo que discutiu a proposta de reorganização dos grupos da UBS: 02 de dezembro 2011.
- Retomar com esses profissionais da equipe que discutiu quais eram os principais problemas com a relação a estruturação dos grupos da UBS; avaliar quais ações foram implementadas e quais ainda falta rever:
  1. Os problemas iniciais foram solucionados?
  2. O que melhorou?
  3. Quais foram os impactos na organização dos fluxos e encaminhamento dos pacientes para o grupo?
RESPONSÁVEIS PELA ATIVIDADE NA VILA SÃO PEDRO: Andréia, Sandra, Jonathan, Michele, Mariana, Carlão e Camila.
UBS FARINA:
- continuando o planejamento inicial EM REUNIÃO GERAL no dia 20/03 as 9h.
- Conceição: resgatar o histórico dos outros encontros e o PMAQ.
- Dividir os profissionais nas três equipes e realizar discussão sobre estrutura de saúde da família e atribuição de cada profissional dentro equipe.

METODOLOGIA:
· Cada equipe escreve em 1 cartolina qual é a função de cada profissional na equipe;
· Quais as principais ações a serem desenvolvidas pela equipe dentro e fora da unidade, e quais os profissionais responsáveis por essas ações;
Para finalizar: Vídeo sobre ESF
Aplicar avaliação do encontro.
RESPONSÁVEIS PELA ATIVIDADE NO FARINA: Rose, Eduardo, Camila, Jonathan, Michele, Conceição
Reflexões: A continuidade do Projeto Aplicativo na UBS Vila São Pedro não aconteceu. Acredito que há necessidade de focarmos esforços nas ações previstas no PMAQ e Cartas compromissos, insistir em continuar com o projeto na vila é aumentar o desgaste... há um material rico produzido nas discussões que de uma certa forma já gerou alterações na forma como as equipes estão lidando com as ações coletivas na UBS, além do que ações planejadas via PMAQ também resultaram nisso... Foi uma onda que surgiu como necessidade e está sendo completada por outras maiores, e continua lá.
Já na UBS Farina, a atividade foi bastante interessante. O projeto aplicativo na minha opinião será uma base bastante importante para quando houver a transição para ESF. Foi esse projeto que ajudou a diminuir o clima tenso na UBS com relação à esse processo de transição.

Os caminhos sempre estarão iluminados! Basta olhar além de véus, misticismos, orgulhos, resistências... tudo sempre acontece para que as situações vividas melhorem, mesmo que não se queira aceitar isso, já o é por si... para além de nossas relatividades, para além do ego.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012 - O ínício do fim de um ciclo!

Dezembro 2011
No mês de Dezembro realizamos encontros para reavaliar os Projetos Aplicativos nas UBS Jardim Farina e Vila São Pedro, reprogramando, para finalização das ações propostas.


31 de Janeiro 2012
    Discutimos a questão da nova organização das reuniões do núcleo de territorialização, com a representação de todos os serviços do território, profissionais, representantes dos departamentos. Tendo como foco o fluxo entre a rede de serviços a partir da discussão de casos nessas reuniões. Isso será a continuidade das atividades do curso de especialização em gestão.


Reflexões: Será bastante interessante a continuidade a partir do núcleo territorial. Acho importante ter um facilitador desses espaços, ajudando a organizar as pautas e necessidades do grupo. Por ser um grupo composto por diversos atores, há necessidade de existência dessa figura para que as pactuações sejam retomadas ao longo do encontro e nos outros momentos, dando clareza da continuidade do processo. 
Esse facilitador poderia também ajudar metodologicamente na organização desses encontros... bom, acho que é isso... espaço de educação permanente sem facilitador, na minha opinião tem a tendência de não ser utilizado com o potencial que normalmente se espera desses espaços.



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Novembro de 2011 - Projeto Aplicativo e início das férias...


18/11/2011
Apresentação do Projeto Aplicativo para os Representantes dos Departamentos da Secretaria Municipal de Saúde:
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- Foram feitos alguns apontamentos com relação à estrutura do PES (Planejamento Estratégico Situacional) descrita no Slide 7. A estrutura que relacionamos seria uma adaptação do MAPP (Método Altadir de Planejamento Popular).
- Critica aos projetos por não terem sido planejados junto com os usuários do serviço.
- Citada a fragilidade atual da territorialização.

Reflexões: Iniciar o trabalho de planejamento participativo nas unidades de saúde está sendo como um grande desafio. A estrutura prevista na metodologia do PES é bastante relevante e ajuda a clarificar os nós críticos dos problemas elencados, no entanto, na prática foi necessária a adaptação da metodologia já que eram reduzidas as possibilidades de reunir os profissionais e o tempo de execução era limitado... Acredito que adaptar uma forma de planejamento, também é reflexo de um processo de gestão compartilhada... adaptar, conforme a possibilidade real do serviço, para que não tenhamos mais situações de atropelo. A participação efetiva dos profissionais nas etapas de planejamento e execução, é o que garante o significado do tempo envolvido nas discussões.
Mandala produto da apresentação sobre os Projetos Aplicativos


terça-feira, 3 de abril de 2012

Outubro de 2011 - Sobre Gestão, Apoio e Ritmo...


05/10/2011
Discussão sobre Educação Popular e Saúde através da análise do Caderno de Educação Popular e Saúde. 2007. Ministério da Saúde.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/caderno_de_educacao_popular_e_saude.pdf

Reflexões: O material disponibilizado pelo Ministério da Saúde é riquíssimo. Através de relatos de experiência, é possível traçar paralelos com as situações vividas no próprio trabalho... de forma tranquila e lógica, sem que seja necessário resgatar conceitos teóricos que muitas vezes são distantes da realidade nos serviços.
Não vejo uma abertura de sentido atualmente (a algum tempo atrás isso seria menos presente...) para falar de Educação Popular... há grande dificuldade de consolidar os reais processos de Educação Permanente e Humanização nos serviços, além do fato da participação popular ser considerada apenas através da estrutura burocrática dos conselhos locais de saúde.
A Educação Popular é prática mais transformadora e libertária do indivíduo no sistema... Considera em sua diversidade de formas a cultura e a espiritualidade do homem no produzir saúde individual e coletiva... Tem como base a simplicidade de ser das coisas belas da vida!
Tempo Rei (Gilberto Gil)     
Não me iludo
Tudo permanecerá
Do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando
Todos os sentidos...

Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
E pelo eterno vento...

Água mole
Pedra dura
Tanto bate
Que não restará
Nem pensamento...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...

Pensamento!
Mesmo o fundamento
Singular do ser humano
De um momento, para o outro
Poderá não mais fundar
Nem gregos, nem baianos...

Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas
De repente ficam sujas...

Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo
Pode estar por um segundo...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!... 

14/10/2011
Disparador: Narrativa Especialização sobre o que é ser gestor


Olhando para o mês de Setembro de 2011:
- Reunião com Farmacêuticos para discutir agenda e propostas de atuação nas reuniões de equipe, grupos e reuniões de matriciamento;
- Tabulação de dados da Territorialização, e reunião do Núcleo de Territorialização;
- Planejamento de ações Equipe 3 apoiadores;
- Proposição de trabalhar com mapa inteligente na reunião de equipe BRONZE (UBS Parque São Bernardo);
- LINHA DE CUIDADO:
  • Apoio na organização dos dados, busca ativa, contato com usuários e disparar informações para as equipes/trabalhadores;
  • Apoio e participação na reunião entre UPA e UBS, discutindo casos e apresentando o consolidado de acompanhamentos;
  • Análise em conjunto com coordenação da UBS sobre as prioridades e sobre a qualidade de acompanhamento das equipes;
  • Rediscussão de fluxos de acolhimento da UBS com coordenadora e trabalhadores.
- Apoio na mudança e instalação da UBS Parque São Bernardo no prédio da UBS Farina: planejamento de salas.
- Participação em reunião com Departamento de Atenção Básica: PMAQ.
Como parte do processo de gestão, analiso também o grande desafio de manter ou rever planejamentos pré-estabelecidos com as diversas atividades novas que surgem ao longo do caminho.
De certo que a maré é antecedida de ventos mais fortes e mudanças no clima. Assim após a experiência vivida nessa atuação de apoiadora, algumas previsões são necessárias. É o exercício constante de grandes virtudes, que se perderam ao longo da história do homem: a intuição e a tranqüilidade, mesmo que pareçam impossíveis de serem aplicadas.
Dentro do limite inerente ao desenvolver das atividades cotidianas, o que floresce são as construções junto ao outro na atuação enquanto apoio. O indivíduo no coletivo, pensando, planejando e produzindo pequenas transformações. Mariana Fonseca Paes


Síntese da discussão sobre as narrativas: Sala 1 (Carolina – coordenadora PSAlvarenga; Sebastião – Atenção Especializada Sessão saúde funcional e auditiva; Rosemar – 10; Carlão -  Urgência/Emergência; Márcia – 6; Thiago – 8; Mariana – 3; Larissa – 5; Viviane – 2; Débora – 1; Raquel – coordenadora Taboão; Paula – coordenadora Batistini)


- Pessoas começaram o dia falando da velhice: costumes e dores do passar do tempo. 
- A questão do trabalho em saúde e a detenção de todos os meios de produção, o exemplo do gari varrendo o parque... trabalho tão feliz... porém aparente, pois toda hora tem que varrer o parque (bem parecido com o que nós fazemos). 
- A questão da arte e da educação. 


Reflexões: Aqui retomo trecho da mensagem de 14 de Outubro do livro Abrindo Portas Interiores de Eileen Caddy: "Confiabilidade é o coração da responsabilidade. Significa você estar sempre no lugar certo, na hora certa, fazendo o que você sabe que tem que ser feito. É você nunca deixar para amanhã o que você pode fazer hoje. Quando você começar algo, cuidará para ser terminado, não importando a oposição que possa surgir. Você nunca será desencorajado pelos obstáculos, mas os verá como pedras e desafios que deverão ser ultrapassados. Você será firme como uma rocha porque sua segurança e estabilidade são interiores, e você não será afetado por condições exteriores e pelo caos e confusão que existem ao seu redor. Aconteça o que acontecer, você não se sentirá "para cima" nem um dia e "para baixo" no outro."

- Busca pela autonomia nos processos de gestão.
- Mudança de modelo na construção da saúde funcional no município. Uma nova visão de cuidar... que não é somente apoio. 
- A necessidade de diminuir a distância entre as estruturas sociais. 
- Gestor hoje deve ter muito tato com RH. 
- Sair da função de gestor para a função de decisor é complicado. Tem hierarquia. 
- Transição entre os modelos no processo de gestão.
- Apoiador: Discussão de caso integrando os vários serviços – construção de PTS; Reviver – Intersetorial. Gestão de encontros voltada para resolutividade de um caso; usuário centrada. 


Reflexões: Não concordo plenamente com essa definição de usuário centrada... existem os limites reais do sistema, e o usuário que muitas vezes traz necessidades que são reflexo de uma estruturação social distorcida e individualista. É necessário qualificar o serviço, trabalhar a educação em saúde dentro do sistema e na sociedade...


- Fascinação no trabalho: Serviço é uma constante adequação do pensamento... Cabeça centrada no projeto e adequação...
- Descrição de ações: implantação da Saúde da família; ação de matriciamento – PTS; resolutividade; VD; assumir junto com a rede e levar o caso com a equipe; tem coisas que somente ela poderá fazer na área de formação – classificou isso como gestão; Reunião com a BRISA e aproximação para planejar como lidar com os médicos matriciadores; apoio à gestão local; o grupo de apoiadores tem autonomia para gerir o processo de trabalho e parar para planejar as ações. 
- Discussão sobre o trabalho do outro... a efetivação não depende do apoiador... não temos linhas hierárquica sobre os executores 
- A agenda de apoio é por período... Flexibilidade...
- Dificuldade de ir bem em todos esses processos...
- Condições reais de trabalho e as prioridades... 
- Diminuição do número de profissionais na equipe de apoio.  
- Ansiedade atropela... e qdo se sente atropelada, é que para, para pensar...
- Recompor a equipe a partir das dificuldades... mesmo cada um estando em momentos diferentes...
- Manutenção do Ritmo...


Reflexões: Me retomou o V Princípio do Ritmo de Hermes Trimegisto em O Caibalion:
"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo, em suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação." − O CAIBALION −
"Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré −alta e uma maré baixa, entre os dois pólos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que tratamos há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.
Esta lei é manifesta na criação e destruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as coisas, e finalmente nos estados mentais do homem (e é com estes últimos que os Hermetistas reconhecem a compreensão do Princípio mais importante)."

Pontos Finais de discussão apontados pelo grupo como bases para o processo de gestão:

Mudança de modelo de saúde; co-gestão; gestão de conflito; colocar-se em análise com a equipe; dados, informação, análise e planejamento; ritmo dos trabalhadores X ritmo de decisões da gestão; cuidado coletivo, democracia; respeitar tempo da equipe; capacidade de planejar; resgate e manutenção de ideais do SUS; estar presente, vincular-se; organizar e priorizar; Educação Permanente; mediar; gestão do encontro; tomada de decisões em vários momentos; adaptação; botar o pensamento em movimento.


No Grupo 3:
Replanejamento do Projeto Aplicativo e discussão sobre nossas ações com a vinda do PMAQ.

- Encaixar o que já estávamos planejando com as ações que terão de ser intensificadas por conta do PMAQ.

- Discussão sobre as possíveis mudanças do papel de apoio e sua relação com os processos de trabalho da UBS. Foi um pouco conflituoso quando questionei como lidar com as prioridades entre as três UBS no caso da aplicação do PMAQ.

Reorganizamos o encontro de 15/10/2011 em três momentos:

1 – organizar das avaliações e os Planejamentos;
2 – todos visualizarem o produto geral do PES e discussão do texto do Caderno de Educação Popular das páginas 68 até 74;
3 – ações para terminar o planejamento na Vila São Pedro.



18/10/2011
Apresentação do Programa de Internação Domiciliar e leitura do texto: Atenção domiciliar como mudança do modelo tecno-assistencial de Kênia Lara Silva; Roseni Rosângela de Sena; Clarissa Terenzi Seixas; Laura Camargo Macruz Feuerwerker; Emerson Elias Merhy. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v44n1/18.pdf

- Perfil mais prevalente dos cuidadores (normalmente pessoas escolhidas pela família) dos domicílios: mulheres solteiras e divorciadas.
- PID utiliza tecnologias leve e leve-dura. As tecnologias duras somente nos Hospitais.
- Aplicam Roteiro de entrevista com a família para identificar os possíveis cuidadores (o ideal é ter mais de 1 cuidador).
- Tem um Manual do Cuidador.