05/10/2011
Discussão sobre Educação Popular e Saúde através da análise do Caderno de Educação Popular e Saúde. 2007. Ministério da Saúde.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/caderno_de_educacao_popular_e_saude.pdf
Reflexões: O material disponibilizado pelo Ministério da Saúde é riquíssimo. Através de relatos de experiência, é possível traçar paralelos com as situações vividas no próprio trabalho... de forma tranquila e lógica, sem que seja necessário resgatar conceitos teóricos que muitas vezes são distantes da realidade nos serviços.
Não vejo uma abertura de sentido atualmente (a algum tempo atrás isso seria menos presente...) para falar de Educação Popular... há grande dificuldade de consolidar os reais processos de Educação Permanente e Humanização nos serviços, além do fato da participação popular ser considerada apenas através da estrutura burocrática dos conselhos locais de saúde.
A Educação Popular é prática mais transformadora e libertária do indivíduo no sistema... Considera em sua diversidade de formas a cultura e a espiritualidade do homem no produzir saúde individual e coletiva... Tem como base a simplicidade de ser das coisas belas da vida!
Tempo Rei (Gilberto Gil)
Não me iludo
Tudo permanecerá
Do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando
Todos os sentidos...
Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
E pelo eterno vento...
Água mole
Pedra dura
Tanto bate
Que não restará
Nem pensamento...
Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...
Pensamento!
Mesmo o fundamento
Singular do ser humano
De um momento, para o outro
Poderá não mais fundar
Nem gregos, nem baianos...
Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas
De repente ficam sujas...
Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo
Pode estar por um segundo...
Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...
14/10/2011
Disparador: Narrativa Especialização sobre o que é ser gestor
Olhando para o mês de Setembro de
2011:
- Reunião com Farmacêuticos para
discutir agenda e propostas de atuação nas reuniões de equipe, grupos e
reuniões de matriciamento;
- Tabulação de dados da
Territorialização, e reunião do Núcleo de Territorialização;
- Planejamento de ações Equipe 3
apoiadores;
- Proposição de trabalhar com mapa
inteligente na reunião de equipe BRONZE (UBS Parque São Bernardo);
- LINHA DE CUIDADO:
- Apoio na organização dos
dados, busca ativa, contato com usuários e disparar informações para as
equipes/trabalhadores;
- Apoio e participação na
reunião entre UPA e UBS, discutindo casos e apresentando o consolidado de
acompanhamentos;
- Análise em conjunto com
coordenação da UBS sobre as prioridades e sobre a qualidade de
acompanhamento das equipes;
- Rediscussão de fluxos de
acolhimento da UBS com coordenadora e trabalhadores.
- Apoio na mudança e instalação da
UBS Parque São Bernardo no prédio da UBS Farina: planejamento de salas.
- Participação em reunião com
Departamento de Atenção Básica: PMAQ.
Como parte do processo de gestão,
analiso também o grande desafio de manter ou rever planejamentos
pré-estabelecidos com as diversas atividades novas que surgem ao longo do
caminho.
De certo que a maré é antecedida
de ventos mais fortes e mudanças no clima. Assim após a experiência vivida
nessa atuação de apoiadora, algumas previsões são necessárias. É o exercício
constante de grandes virtudes, que se perderam ao longo da história do homem: a
intuição e a tranqüilidade, mesmo que pareçam impossíveis de serem aplicadas.
Dentro do limite inerente ao
desenvolver das atividades cotidianas, o que floresce são as construções junto
ao outro na atuação enquanto apoio. O indivíduo no coletivo, pensando,
planejando e produzindo pequenas transformações. Mariana
Fonseca Paes
Síntese da discussão sobre as narrativas: Sala 1 (Carolina – coordenadora PSAlvarenga; Sebastião – Atenção
Especializada Sessão saúde funcional e auditiva; Rosemar – 10; Carlão - Urgência/Emergência; Márcia – 6; Thiago – 8;
Mariana – 3; Larissa – 5; Viviane – 2; Débora – 1; Raquel – coordenadora
Taboão; Paula – coordenadora Batistini)
- Pessoas
começaram o dia falando da velhice: costumes e dores do passar do tempo.
- A
questão do trabalho em saúde e a detenção de todos os meios de produção, o
exemplo do gari varrendo o parque... trabalho tão feliz... porém aparente, pois
toda hora tem que varrer o parque (bem parecido com o que nós fazemos).
- A
questão da arte e da educação.
Reflexões: Aqui retomo trecho da mensagem de 14 de Outubro do livro Abrindo Portas Interiores de Eileen Caddy: "Confiabilidade é o coração da responsabilidade. Significa você estar sempre no lugar certo, na hora certa, fazendo o que você sabe que tem que ser feito. É você nunca deixar para amanhã o que você pode fazer hoje. Quando você começar algo, cuidará para ser terminado, não importando a oposição que possa surgir. Você nunca será desencorajado pelos obstáculos, mas os verá como pedras e desafios que deverão ser ultrapassados. Você será firme como uma rocha porque sua segurança e estabilidade são interiores, e você não será afetado por condições exteriores e pelo caos e confusão que existem ao seu redor. Aconteça o que acontecer, você não se sentirá "para cima" nem um dia e "para baixo" no outro."
- Busca
pela autonomia nos processos de gestão.
- Mudança
de modelo na construção da saúde funcional no município. Uma nova visão de
cuidar... que não é somente apoio.
- A necessidade de diminuir a distância entre
as estruturas sociais.
- Gestor hoje deve ter muito tato com RH.
- Sair da função
de gestor para a função de decisor é complicado. Tem hierarquia.
- Transição
entre os modelos no processo de gestão.
- Apoiador:
Discussão de caso integrando os vários serviços – construção de PTS; Reviver –
Intersetorial. Gestão de encontros voltada para resolutividade de um caso;
usuário centrada.
Reflexões: Não concordo plenamente com essa definição de usuário centrada... existem os limites reais do sistema, e o usuário que muitas vezes traz necessidades que são reflexo de uma estruturação social distorcida e individualista. É necessário qualificar o serviço, trabalhar a educação em saúde dentro do sistema e na sociedade...
- Fascinação
no trabalho: Serviço é uma constante adequação do pensamento... Cabeça centrada
no projeto e adequação...
- Descrição
de ações: implantação da Saúde da família; ação de matriciamento – PTS;
resolutividade; VD; assumir junto com a rede e levar o caso com a equipe; tem
coisas que somente ela poderá fazer na área de formação – classificou isso como
gestão; Reunião com a BRISA e aproximação para planejar como lidar com os
médicos matriciadores; apoio à gestão local; o grupo de apoiadores tem
autonomia para gerir o processo de trabalho e parar para planejar as ações.
- Discussão
sobre o trabalho do outro... a efetivação não depende do apoiador... não temos
linhas hierárquica sobre os executores
- A
agenda de apoio é por período... Flexibilidade...
- Dificuldade
de ir bem em todos esses processos...
- Condições
reais de trabalho e as prioridades...
- Diminuição do número de profissionais na
equipe de apoio.
- Ansiedade
atropela... e qdo se sente atropelada, é que para, para pensar...
- Recompor
a equipe a partir das dificuldades... mesmo cada um estando em momentos
diferentes...
- Manutenção
do Ritmo...
Reflexões: Me retomou o V Princípio do Ritmo de Hermes Trimegisto em O Caibalion:
"Tudo tem fluxo e refluxo;
tudo, em suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações
compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à
esquerda; o ritmo é a compensação." − O CAIBALION −
"Este Princípio contém a verdade
que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e
refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do
pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré −alta e uma maré baixa,
entre os dois pólos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que
tratamos há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada,
uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos,
nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.
Esta lei é manifesta na criação
e destruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as
coisas, e finalmente nos estados mentais do homem (e é com estes últimos que os
Hermetistas reconhecem a compreensão do Princípio mais importante)."
Pontos Finais de discussão
apontados pelo grupo como bases para o processo de gestão:
Mudança de modelo de saúde; co-gestão; gestão de conflito; colocar-se em análise
com a equipe; dados, informação, análise e planejamento; ritmo dos trabalhadores
X ritmo de decisões da gestão; cuidado coletivo, democracia; respeitar tempo da
equipe; capacidade de planejar; resgate e manutenção de ideais do SUS; estar presente, vincular-se;
organizar e priorizar; Educação Permanente; mediar; gestão do encontro; tomada de decisões em vários
momentos; adaptação; botar o pensamento em movimento.
No Grupo 3:
Replanejamento do Projeto Aplicativo e discussão sobre nossas ações com a vinda do
PMAQ.
- Encaixar o que já estávamos planejando com as ações que terão de ser
intensificadas por conta do PMAQ.
- Discussão sobre as possíveis mudanças do papel de apoio e sua relação
com os processos de trabalho da UBS. Foi um pouco conflituoso quando questionei
como lidar com as prioridades entre as três UBS no caso da aplicação do PMAQ.
Reorganizamos o encontro de 15/10/2011 em três momentos:
1 – organizar das avaliações e os Planejamentos;
2 – todos visualizarem o produto geral do PES e discussão do texto do
Caderno de Educação Popular das páginas 68 até 74;
3 – ações para terminar o planejamento na Vila São Pedro.
18/10/2011
Apresentação do Programa de Internação Domiciliar e leitura do texto: Atenção domiciliar como mudança do modelo tecno-assistencial de Kênia Lara Silva; Roseni Rosângela de Sena; Clarissa Terenzi Seixas; Laura Camargo Macruz Feuerwerker; Emerson Elias Merhy. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v44n1/18.pdf
- Perfil mais prevalente dos cuidadores (normalmente pessoas escolhidas pela família) dos domicílios: mulheres solteiras e divorciadas.
- PID utiliza tecnologias leve e leve-dura. As tecnologias duras somente nos Hospitais.
- Aplicam Roteiro de entrevista com a família para identificar os possíveis cuidadores (o ideal é ter mais de 1 cuidador).
- Tem um Manual do Cuidador.