quinta-feira, 22 de março de 2012

Dezembro de 2010 - Mais a fundo em PTS

    Para aprofundar o método de estruturação do PTS usamos como base o Capítulo 3 - Uma Proposta de Operacionalização do Projeto Terapêutico Singular: a produção intersubjetiva na gestão e no planejamento da clínica, da tese de Mestrado de Gustavo Nunes De Oliveira, O PROJETO TERAPÊUTICO COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A MUDANÇA DAS PRÁTICAS DE SAÚDE.
01/12/2010

    No texto o autor dá exemplos de PTS coletivo, como por exemplo o planejamento dos grupos que existem nas unidades, onde o usuário tem autonomia para envolvimento nas discussões abordadas. 
    No roteiro estruturado para discussão Projeto Terapêutico Singular Individual salienta que é de grande importância que as informações colhidas sejam detalhadas e sugere um roteiro estruturado para isso, a partir dos seguinte pontos:
- Identificação completa do usuário; 
- Localização territorial e elementos do território relevantes;
- Arranjo familiar/ Representação gráfica, queixa/ situação/ demanda com histórico relevante resumido; Ações clínicas já realizadas; 
- Ações das vulnerabilidades; 
- Pactuação dos objetivos no caso; 
- Propostas de intervenção com cronograma e responsáveis; Definição do profissional de referência do caso; 
- Definição de periodicidade de discussão do caso.

Reflexões: Essa discussão foi uma das mais produtivas e aprofundadas que realizamos ao longo do curso. O autor clareia a metodologia de construção do PTS individual e coletivo, qualificando a forma de análise dos fatores de vulnerabilidade. Fatores esse que muitas vezes aparecem “dispersos” nas discussões de caso.

Essa discussão se realizou em dezembro de 2010... faz mais de 1 ano, e apenas agora consigo visualizar essa discussão como ferramenta de trabalho com as equipes. Passamos por muitos momentos de foco na atuação institucional... após divergências internas e externas, temos nos aproximado do apoio matricial, dando significado a utilização dessa ferramenta no dia-a-dia do trabalho.

Sobre a estrutura do Curso:
Discutimos o problema da desorganização do grupo de especialização:
- pessoas que estão faltando nos encontros;
- dificuldades de dar continuidade às discussões;
Propostas para melhorar nossa organização:
- colar cartaz na parede (como uma lousa) para acordos e as questões de aprendizagem;
- pensar em momentos no mês para trabalhar os registros individuais das discussões;
- retomar os “30 minutos” para finalizar a síntese de discussão diária e acordos finais.


10/12/10
Retomada da síntese dos meses de AGOSTO: Texto Viver é perigoso.
- Qual a concepção de saúde/doença?
- Como fazer uma escuta qualificada?
- Como sensibilizar os trabalhadores para realiza-la?
- Como a territorialização potencializa isso?

Reflexões: A concepção e saúde/doença também é determinada pelo modelo médico centrado de gestão dos processos. O PTS pode servir como instrumento para questionar o modelo médico centrado em que os serviços de saúde estão tão acostumados a se moldarem. 
Na verdade poderíamos extrapolar dizendo que normalmente o dia-a-dia segue um padrão centralizador de processos e decisões. A questão, no entanto, é que as ações seguem sem que haja uma clareza geral de qual é o objetivo coletivo de tudo o que se faz...
No caso do PTS fica mais claro, já que todos planejam para a melhoria da situação de vida do indivíduo/comunidade.

Filme disparador: 
Gênero: AnimaçãoDiretor: Márcio RamosDuração: 9 min. Ano: 2006     
Sinopse: Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.

Pontos relevantes da discussão:
- Retrata situações muito parecidas com a narrativa que discutimos mês passado.
- Eduardo: o papel do ACS levando possibilidades de mudança dos “ciclos das Marias”.
- Criação da expectativa de que uma intervenção EXTERNA mude a vida de uma pessoa.
- Mudanças radicais e não simples: mudanças que envolvem comportamentos e sentimentos.
- Política pública de como chegar nessas mulheres. Acesso à quase nada... dar possibilidades de mudança... Bolsa Família.
- O papel da educação nesse processo.
- A situação é escolha?

Reflexão: Será que não vivemos assim em nenhum aspecto? O quanto do que realmente somos está encoberto por relatividades humanas e formas pré-definidas de ser, nos envolvendo de incapacidades e desmotivações? Maria é luz, é e sempre será força de transformação... acreditemos nela sempre! 
E nessa força, continuarmos no trabalho da transformação e da busca pela igualdade de direitos e deveres em nosso país, em nossas ações, em nossos corações! 

Disparador: Texto de Gastão Wagner de Souza Campos. Capítulo 1: Considerações sobre a arte e a ciência da mudança: revolução das coisas e reforma das pessoas. O caso da saúde. In: Cecilio, Luiz Carlos de Oliveira. Inventando a mudança na saúde. São Paulo, HUCITEC, 1994. p.29-87. (Saúde em Debate. Serie Didática, 76, 3). 

Pontos relevantes da discussão: 
- Censo comum;
- dureza contra a mudança;
- desejo de mudança;
- debruçar sobre as experiências do passado: PESSOAS <- RELAÇÕES -> ESTRUTURAS

Questão extraída do texto: “Na vigência real de todos esses impasses, alguém ainda acreditaria nas possibilidades de mudanças, de reformas, ou de revoluções, com sentido humano e democrático?”.
- Sandra: “As mudanças são devagar, mas estão acontecendo.”.

Reflexão: Desejar e lutar para que as mudanças aconteçam é imprescindível. Acalmemos a ansiedade que permeia nossas ações, de forma a não gerar enormes expectativas. Se fizermos o que deve ser feito, com a certeza de que juntos conseguiremos essas transformações, não haverá limite. O respeito que devemos ter uns para com os outros sempre deverá superar essas ansiedades!

11/12/10

Discussão sobre o Projeto de Intervenção:
- Várias pessoas do grupo 3 disseram da necessidade de mudanças nas pessoas e nas relações entre elas.

Reflexões: Conseguiremos elaborar algum projeto de intervenção pontual nesse nível?

Pontos iniciais a serem pensados para o Projeto Aplicativo:
- melhorar comunicação; relação com a gestão; sentidos do trabalho: O EIXO NORTEADOR É A TERRITORIALIZAÇÃO.
FERRAMENTA: potencializar os espaços das reuniões gerais.
OBJETIVO: fortalecer espaços de co-gestão e co-responsabilidades.
*Pensar na estrutura de gestão da secretaria para participação nesses espaços (reunião geral) extra A.B. (estabelecer conversas).
*”Sair do Micro e pensar mais em mudanças macro -> estrutura.”


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