Enquanto o Sol raiava nas tardes de terças-feiras, o grupo relaxou um pouco e sintetizou as discussões até então. |
Leitura do texto de Emerson Elias Merhy: Como fatiar um usuário?
Trechos que chamaram mais atenção no texto: "Vendo sua forma de organização profissional construída no século anterior sendo questionada por sua baixa efetividade, isto é, por ser cara e pouco resolutiva diante do mundo das necessidades de saúde individuais e coletivas; por sua baixa capacidade de entender o mundo das necessidades como muito mais amplo do que a simples existência humana como um corpo biológico, ou mesmo, de se relacionar com indivíduos ou coletivos de usuários também como ricos universos subjetivos; acrescida de uma forma de organização de sua prática profissional muito corporativa com dificuldade de atuar multiprofissionalmente em eixos de saberes multidisciplinares. A medicina do século XX entrou no XXI intensamente interrogada.
Constituir caminhos para novos paradigmas é superar a noção de objeto da ação dos trabalhadores de saúde, que não pode mais ser visto, a priori, como o corpo biológico e a doença instalada nele. Nós, os usuários, enquanto portadores e fabricantes das necessidades de saúde somos mais complexos, somos modos qualitativos de viver a vida, somos coletivos expos tos a riscos, somos necessitados de relações de encontros vinculantes e acolhedores , somos tensões entre autonomia e heteronomia para andar a vida, somos desejantes , somos também corpos biológicos."
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